
A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) veio a público desmentir as declarações recentes de Manuel Halaiwa, porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola, que tentaram vincular a organização a um suposto plano de ataque na capital, Luanda. Em um comunicado oficial, a FLEC caracterizou essas alegações como “fantasistas” e sem qualquer base de verdade.
A FLEC reafirmou seu foco exclusivo na região de Cabinda, deixando claro que não se envolve em conflitos internos de Angola. “A FLEC combate Angola como potência colonizadora e ocupante de Cabinda, e não tem qualquer envolvimento com outros conflitos ou organizações dentro do território angolano”, destacou a nota.
Além disso, a organização criticou a postura das autoridades angolanas, sugerindo que as declarações do SIC revelam uma “obsessão doentia” do governo em responsabilizar a FLEC pelos problemas internos do país e pela sensação de insegurança. A FLEC acusou o governo de João Lourenço de tentar desviar a atenção de sua “incapacidade e ineficácia” em lidar com crises internas e externas.
Jacinto António Télica, Secretário-geral da FLEC/FAC, enfatizou que as autoridades angolanas estão tentando ocultar suas falhas nas operações militares em Cabinda e sua dificuldade em resolver conflitos em diversas regiões do país.
Este comunicado foi emitido em Cabinda, no dia 27 de janeiro de 2025, e reflete a posição da FLEC frente às recentes acusações que considera infundadas e desprovidas de veracidade.