Em um desdobramento alarmante, Liberty Chiyaka, presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, enfrenta sérias acusações ligadas a um suposto plano de ataque à Refinaria de Petróleo de Luanda, conhecida como Petrangol. As investigações conduzidas pelo Ministério Público, em parceria com o Serviço de Investigação Criminal do Huambo, culminaram na conclusão da fase preparatória de um processo que envolve múltiplos réus, incluindo cidadãos locais, todos suspeitos de tentativas de incêndio em instalações estratégicas.
O cerne do caso gira em torno de João Gabriel Deussino, um autodenominado ativista político que supostamente liderou um grupo com a intenção de sabotar iniciativas do governo angolano. Entre os alvos planejados estavam não apenas a refinaria, mas também a Embaixada dos EUA e o Palácio Presidencial. As investigações revelaram que Deussino organizou reuniões clandestinas para discutir os pormenores do ataque, recrutando amigos e familiares para participar da execução do plano.
A estratégia delineada por Deussino incluía a compra de explosivos e reconhecimento dos locais-alvo. A trama foi facilitada com a colaboração de membros da Polícia Nacional e outros cúmplices que ajudaram na aquisição dos artefatos explosivos. Evidências indicam que o grupo realizou vigilâncias na capital angolana, observando atentamente os pontos que pretendiam atingir.
Entretanto, a execução do plano foi frustrada por um robusto esquema de segurança em Luanda, além do adiamento de uma visita do presidente dos EUA ao país. Após a decisão de retornar ao Huambo, alguns membros do grupo foram detidos em posse dos explosivos. Durante a operação policial, foi descoberto que Deussino havia elaborado um plano de fuga.
A situação se intensificou quando, após a prisão de um dos cúmplices, Deussino tentou escapar com sua família utilizando documentos falsificados. No entanto, sua fuga foi interrompida na fronteira com a Namíbia, onde foi capturado. As autoridades apreenderam diversos explosivos que estavam em poder dos suspeitos, evidenciando a gravidade da ameaça que o grupo representava.
Este caso ressalta a complexidade do atual cenário político em Angola, onde as preocupações com a desestabilização e a segurança são constantes. As acusações de uma tentativa de ataque à Refinaria de Luanda não apenas expõem as intenções dos envolvidos, mas também levantam questões cruciais sobre a segurança pública e a resposta do governo diante de tais ameaças.