Os trabalhadores despedidos pela Sonangol voltaram a manifestar-se nesta segunda-feira, 23, em frente à sede da empresa, em Luanda, reivindicando a reintegração nos seus postos de trabalho e alegando demissões injustas.
Durante a manifestação, que contou com a participação de mais de 200 trabalhadores, sete pessoas foram detidas, três telefones apreendidos e ocorreram agressões físicas. O porta-voz do grupo, Vladimiro Chitalala Pequenino, afirmou à Voz da América que a demissão em massa foi ilegal. “A Sonangol não fez nada até agora. Hoje, tivemos 215 trabalhadores a manifestar-se”, disse Pequenino, ressaltando a falta de resposta da direção da empresa durante o protesto.
“Não tivemos nenhuma resposta e as manifestações vão continuar”, declarou, reforçando a determinação do grupo em buscar justiça. A Voz da América tentou entrar em contato com Dionísio Rocha, responsável pela comunicação da Sonangol, mas não obteve sucesso.
Os manifestantes acusam a Sonangol de não apresentar uma solução justa para a situação e alegam que os lugares que ocupavam foram preenchidos por familiares de dirigentes da petrolífera, intensificando a insatisfação entre os trabalhadores. Eles afirmam que os protestos continuarão até que suas reivindicações sejam atendidas.