
Hoje, a presidente do Conselho Constitucional moçambicano, Lúcia Ribeiro, investiu Daniel Chapo como o quinto Presidente da República de Moçambique. A cerimônia ocorreu na Praça da Independência, em Maputo, sob rigorosas medidas de segurança devido à expectativa de protestos e revolta popular.
Chapo assume a presidência em um contexto tenso, com uma significativa parte da população expressando insatisfação com sua nomeação, uma vez que ele não foi eleito diretamente pelo povo. As manifestações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, visam contestar os resultados das eleições de 9 de outubro, que foram marcadas por violência e sérios conflitos. Segundo organizações locais, esses eventos resultaram em aproximadamente 300 mortes e mais de 600 feridos.
Durante a cerimônia, Lúcia Ribeiro recebeu os símbolos do poder do presidente cessante, Filipe Nyusi, e imediatamente realizou a investidura de Chapo. O programa da cerimônia inclui discursos oficiais, momentos culturais, 21 salvas de canhão e uma revista à Guarda de Honra das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, seguida de um desfile militar.
A insatisfação popular é palpável, com muitos moçambicanos clamando por Venâncio Mondlane, que se apresenta como uma alternativa ao governo atual e questiona a legitimidade do processo eleitoral. A situação permanece tensa, com a possibilidade de novos protestos à medida que a população busca ser ouvida em meio a uma transição de poder contestada.