
O Afrocrata, Panafricanista Isidro Fortunato fez uma contundente análise nas redes sociais sobre a atual situação política de Angola sob a liderança de João Lourenço. Fortunato, embora relutante em fazer comparações, ressaltou que o falecido ex-presidente José Eduardo dos Santos (JES) possuía um certo “polimento político” e uma postura de estadista. Segundo ele, JES sempre evitou a associação direta com ditadores, uma estratégia que parece ter mudado drasticamente com a atual administração.
De acordo com Isidro Fortunato, Angola, sob o comando de João Lourenço, transformou-se em um “quintal” onde se reúnem e se apoiam diversos regimes ditatoriais. Ele destacou que a associação do país a governos considerados corruptos e fracassados se tornou um símbolo de opulência política para João Lourenço. Fortunato argumenta que essa postura visa criar uma rede de proteção em torno da sua administração, que ele considera equivocada e trágica.
Em sua crítica, Fortunato mencionou especificamente a recente visita de Lourenço ao líder equato-guineense Teodoro Obiang Nguema, caracterizando-o como um “babá estagiário” de Nguema. Ele questiona a motivação por trás dessa relação e indaga sobre os benefícios que Lourenço pode obter ao se associar a um “avô traiçoeiro” como Nguema, cuja liderança é marcada pela repressão e corrupção.
A análise de Isidro Fortunato levanta questões importantes sobre a direção política atual de Angola e a necessidade de um debate mais profundo sobre a governança e as alianças internacionais do país.