O Serviço de Investigação Criminal (SIC) anunciou, nesta segunda-feira, 13 de janeiro, o reforço da vigilância sobre os seus próprios agentes após a detenção de 15 membros da corporação entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, devido a violações das normas de conduta estabelecidas pela instituição.
De acordo com o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, o incidente mais recente envolveu dois agentes, de 25 e 44 anos, que se apresentaram em um estabelecimento comercial pertencente a um cidadão eritreu, no município de Talatona, sem a devida ordem de missão. Os agentes alegaram estar cumprindo uma inspeção orientada por um suposto superior hierárquico. Ambos foram detidos e apresentados ao Ministério Público e ao juiz de garantia para os trâmites legais subsequentes.
Halaiwa enfatizou que a violação das normas internas do SIC é considerada uma infração grave, passível de sanções severas, incluindo expulsão da corporação. O porta-voz também destacou a importância de uma vigilância constante, tanto interna quanto externa, para garantir o cumprimento das regras e a confiança pública nas ações da instituição.
“A violação das regras é passível de sanções severas, que podem chegar até a expulsão. O SIC exorta a população a denunciar qualquer ato que prejudique a ordem e a tranquilidade públicas”, afirmou Halaiwa.
O anúncio do reforço da vigilância interna ocorre em um contexto de crescente necessidade de transparência e responsabilidade por parte das instituições de segurança pública, que têm enfrentado desafios relacionados à conduta de seus membros e à confiança da sociedade. O SIC, ao reforçar suas medidas de fiscalização, busca garantir que seus agentes atuem dentro dos limites da lei e preservem os princípios de ética e profissionalismo.
A instituição reafirma seu compromisso em agir contra qualquer comportamento que vá contra os princípios de justiça e respeito à lei, ao mesmo tempo em que pede à população que continue a colaborar no combate a práticas ilegais e abusivas.