O governador de Icolo e Bengo, Auzílio Jacob, surpreendeu ao anunciar, em seu primeiro discurso como líder da nova província angolana, a intenção de promover um governo inclusivo, integrando não apenas os seres humanos, mas também os animais na tomada de decisões. A declaração, recebida com aplausos, gerou debates e até mesmo chacotas nas redes sociais e na opinião pública.
Segundo Auzílio Jacob, a ideia de incluir os animais na governação parte de uma visão inovadora e de respeito à biodiversidade, especialmente em uma região marcada por uma grande presença de fauna selvagem. O governador afirmou que “até os animais vão nos ajudar a tomar decisões”, destacando o compromisso com um modelo de gestão que considera todos os seres vivos.
Nomeações e Polêmicas
Apesar do discurso, os primeiros despachos assinados por Auzílio Jacob não trouxeram nomes de animais entre os nomeados. Foram indicados, por exemplo, Amélia Clementino da Rosa Tavares como diretora do gabinete do governador, Délcio Ribeiro Pedro como secretário-geral do Governo Provincial e Hugueth de Carvalho Pacavira para a Direção Jurídica e Intercâmbio.
A ausência de nomes com referências diretas à fauna provocou reações bem-humoradas e críticas, levando muitos a questionarem se os animais, mencionados no discurso, teriam adotado nomes humanos para assumir cargos no governo.
O escritor Denilson Duro, em uma publicação no Facebook, brincou com a situação, sugerindo uma composição simbólica para o executivo de Icolo e Bengo, incluindo:
– Um leão para a pasta da Ordem Pública.
– Um macaco como responsável pelos Recursos Humanos.
– Um veado na chefia da Logística.
– Uma girafa como fiscalizadora das Obras Públicas.
– Um porco à frente das Finanças e do Saneamento Básico.
– Um papagaio na Educação.
– Um elefante cuidando das Políticas Ambientais.
– Um jacaré comandando as Pescas.
– Uma cigarra na Cultura, um touro na Agricultura e um mosquito na Comunicação Social.
Inclusão ou Excentricidade?
Enquanto críticos classificam a proposta como excentricidade, defensores apontam que Auzílio Jacob pode estar buscando uma abordagem simbólica e ecológica, reforçando a necessidade de políticas ambientais integradas.
Moradores da província, por outro lado, esperam ações concretas para resolver problemas estruturais, como saneamento, transporte e saúde, enquanto a inclusão dos animais na governação é vista mais como metáfora do que uma realidade prática.
Desafios e Expectativas
Apesar das controvérsias, Auzílio Jacob já se destacou como figura ousada e dinâmica. Fontes próximas ao governador garantem que ele é comprometido com a inovação e possui lampejos de coerência, mesmo sendo alvo de críticas e sátiras.
A expectativa agora é saber como o governador traduzirá suas ideias em políticas públicas reais e se manterá o tom inovador sem perder o foco nos desafios humanos.
A experiência do Icolo e Bengo promete ser acompanhada com curiosidade por todo o país e até internacionalmente, tornando-se, talvez, um exemplo de como equilibrar progresso e sustentabilidade.
Por Graça Campos