A ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, expressou preocupação com a escalada de violência entre Israel e o Líbano, onde o número de mortos nos bombardeios israelitas subiu para 356, incluindo 24 crianças. Em uma mensagem na rede social X, Baerbock destacou a “dramática escalada de violência na fronteira entre Israel e o Líbano” como chocante, especialmente pelos relatos de civis mortos.
A ministra enfatizou a necessidade de uma solução para a “linha azul” (fronteira entre Israel e Líbano) em conformidade com a resolução 1701 das Nações Unidas, alertando que a lógica do golpe e do contra-golpe pode ter consequências catastróficas para a região. Ela convocou ambas as partes à desescalada, chamando isso de “tarefa do momento”.
O Exército israelita, por sua vez, informou que atingiu 1.300 alvos do Hezbollah nas últimas 24 horas, em resposta aos disparos de foguetes do grupo contra Israel, que têm ocorrido há quase um ano. O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, general Herzi Halevi, afirmou que os ataques estão focados em infraestruturas de combate, e que a força está se preparando para novas fases da operação.
Novos ataques “em grande escala” foram anunciados no vale de Bekaa, reduto do Hezbollah no leste do Líbano. Os habitantes da região, assim como os do sul, foram alertados a se afastar de instalações que servem como depósitos de armamento do grupo. O Hezbollah retaliou disparando dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel, visando os “principais paióis” do Exército.
Os combates entre Israel e o Hezbollah se intensificaram, prometendo continuar até que a agressão em Gaza cesse, abrindo uma segunda frente de batalha na região. Esses confrontos estão entre os mais graves desde a guerra de 2006, com um aumento notável na intensidade após um ataque que resultou na morte de 12 crianças nos Montes Golã.
Além disso, a companhia aérea alemã Lufthansa prolongou a suspensão de todos os voos para Telavive e Teerão até, pelo menos, 14 de outubro, devido à situação volátil na região. Na última sexta-feira, um ataque israelita em Beirute resultou na morte de 16 membros da força de elite do Hezbollah, incluindo seu líder, Ibrahim Aqil, somando um total de 45 vítimas fatais, conforme as autoridades libanesas.