O número de mortos nos intensos ataques do Exército israelita contra o movimento xiita Hezbollah no Líbano subiu para 492, conforme informou o Ministério da Saúde libanês. Este total inclui mais de 90 mulheres e crianças, destacando a gravidade da situação humanitária no país. Além das fatalidades, os ataques deixaram 1.645 feridos, o que representa um aumento significativo no número de vítimas em quase um ano de violência.
Um balanço anterior indicava pelo menos 356 mortos, entre os quais 24 eram crianças, e mais de 1.240 feridos nas regiões sul e leste do Líbano. De acordo com o Exército israelita, foram atingidos 1.300 alvos do Hezbollah nas últimas 24 horas, em resposta ao disparo de foguetes contra Israel, que ocorre há quase um ano em apoio ao Hamas, que enfrenta Israel na Faixa de Gaza.
O chefe do Estado-Maior do Exército de Israel, general Herzi Halevi, afirmou que os ataques visam as infraestruturas de combate do Hezbollah e que a força está se preparando para as próximas fases da operação. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acrescentou que Israel está trabalhando para reverter o “equilíbrio de forças” no norte do país, buscando condições para permitir o retorno de milhares de habitantes deslocados.
A escalada do conflito levou o Exército israelita a realizar novos ataques em grande escala no vale de Bekaa, uma área fortemente controlada pelo Hezbollah. As autoridades israelitas alertaram a população local para se afastar de instalações que funcionam como depósitos de armamento do movimento.
Em resposta, o Hezbollah disparou dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel, mirando em “principais paióis” do Exército e em um quartel militar. O conflito se intensificou após uma onda de explosões atribuídas a Israel que causaram 39 mortes e quase 3.000 feridos em todo o Líbano entre os dias 17 e 18 de setembro.
Os confrontos recentes têm sido considerados os piores entre Israel e o Hezbollah desde a guerra de 2006, com um aumento notável na intensidade desde um ataque que resultou na morte de 12 crianças nos Montes Golã. O bombardeio israelita de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute na última sexta-feira resultou na morte de 16 membros da força de elite do Hezbollah, incluindo seu líder, Ibrahim Aqil, totalizando 45 vítimas mortais, incluindo civis.
Com a escalada do conflito, milhares de libaneses fugiram para o sul, e as estradas em direção a Beirute ficaram congestionadas, evidenciando o maior êxodo desde 2006, conforme noticiado pela Associated Press.