O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, enfatizou, durante uma visita à Bulgária, a necessidade urgente de manter o apoio à Ucrânia diante da agressão russa. Ele destacou que todos os membros da Aliança devem destinar pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a defesa, reforçando o compromisso coletivo com a segurança da região.
Rutte, que visitou o campo de treino militar Novo Selo, onde está alojado um contingente multinacional de 3.000 soldados liderado pela Itália, destacou a importância da ajuda militar contínua à Ucrânia. “Nenhum aliado da NATO tem a obrigação de firmar acordos bilaterais de segurança com a Ucrânia. Alguns já o fizeram, outros ainda estão em negociação. Contudo, o essencial é garantir a continuidade do apoio militar”, declarou.
O secretário-geral também elogiou o papel da Bulgária, afirmando que o país “está a ajudar a Ucrânia a defender-se da agressão russa”. Ele agradeceu o esforço búlgaro, ressaltando que essa assistência é crucial para que Kiev possa negociar um futuro acordo de paz de uma posição de força.
A questão do financiamento militar tem sido uma preocupação constante. O futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou repetidamente os aliados europeus da NATO a aumentarem seus gastos militares para pelo menos 2% do PIB. Ao mesmo tempo, tanto os líderes europeus quanto o presidente ucraniano expressaram receios quanto à possibilidade de uma redução da ajuda militar americana à Ucrânia.
Desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia tem enfrentado desafios significativos. A guerra resultou em dezenas de milhares de mortes e os últimos meses foram marcados por intensos ataques aéreos russos contra cidades e infraestruturas ucranianas. As forças ucranianas, por sua vez, têm realizado operações em território russo, visando alvos estratégicos na região da Crimeia, que foi anexada ilegalmente pela Rússia em 2014.
No terceiro ano do conflito, a Ucrânia enfrenta sérias dificuldades em termos de efetivo e suprimentos, apesar das promessas de apoio contínuo dos aliados ocidentais. As tropas russas, que permanecem em número superior e melhor equipadas, continuam seu avanço na frente oriental, enquanto a Ucrânia tenta recuperar a iniciativa.
As negociações de paz estão estagnadas desde a primavera de 2022, com a Rússia insistindo na aceitação da anexação de partes do território ucraniano como condição para qualquer diálogo. A situação permanece tensa e incerta, destacando a necessidade de um comprometimento firme da comunidade internacional em apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.