
A situação alarmante da prostituição em Benguela, Angola, exige atenção imediata. Mulheres e, tragicamente, crianças estão sendo exploradas por uma clientela estrangeira, refletindo um ciclo de miséria e desumanização que precisa ser interrompido.
É inaceitável que, em pleno século XXI, a prostituição se torne uma prática comum em Benguela, onde angolanas se entregam a clientes estrangeiros, especialmente chineses, em troca de vantagens materiais. Este comportamento não é novo; remonta ao período colonial e se perpetua sob diferentes regimes. Após a independência, cubanos e russos também contribuíram para essa cultura de exploração, deixando um legado de filhos abandonados e traumas.
Hoje, a situação se agrava com a presença de diversos estrangeiros — libaneses, sul-africanos, vietnamitas — que transformam Angola em um verdadeiro “bufê” sexual. O que é ainda mais chocante é a normalização da prostituição infantil, com menores sendo alvo da cobiça de homens poderosos e clientes estrangeiros. Muitas dessas garotas são recrutadas por aqueles que deveriam protegê-las.
É fundamental destacar que essa tragédia não é apenas uma questão de moralidade; ela é alimentada pela miséria generalizada e pela falta de educação adequada. Uma população que vive em condições extremas frequentemente não vê outra saída senão se submeter a essa exploração. A mídia também desempenha um papel nefasto, ao disseminar conteúdos que banalizam a sexualidade.
A responsabilidade recai sobre todos nós — cidadãos angolanos, autoridades governamentais e organizações internacionais — para denunciar e combater essa realidade. Não podemos permitir que as mulheres e crianças de Benguela continuem a ser tratadas como mercadorias. É hora de exigir ações concretas para erradicar essa prática vergonhosa e restaurar a dignidade humana em nossa sociedade.