
O sentimento de revolta, tristeza e desilusão tem crescido entre os angolanos, especialmente entre aqueles que, no passado, acreditaram na promessa de libertação e mudança promovida pelo MPLA. Jovens que outrora lutaram pela causa e abriram caminho para a ascensão do partido ao poder hoje se sentem enganados, utilizados e descartados.
Muitos acusam a elite política de ter monopolizado o acesso à riqueza nacional, exibindo conforto e ostentação enquanto a maioria sobrevive com pensões mínimas e enfrenta dificuldades. O texto denuncia ainda o medo instaurado no seio da sociedade, comparando a atual repressão ao passado colonial e à era pós-independência, marcada pela atuação da DISA.
A crítica estende-se ao sistema judicial, acusado de perpetuar a obediência e o medo, favorecendo o poder em detrimento da justiça e da pátria. Juízes, tribunais e juristas são apontados como cúmplices do sequestro do Estado e responsáveis pelo saque do erário público.
Universidades também não escapam às críticas, sendo descritas como centros de formação de defensores do regime, mais preocupados em manter a idolatria partidária do que em servir a ciência e o desenvolvimento nacional.
O autor alerta para o cenário político de 2027, sugerindo que a perpetuação do poder pode resultar em desfechos imprevisíveis. Ele ressalta que, à luz das leis, o sequestro do Estado pode ser interpretado como crime de lesa-pátria, advertindo que os responsáveis, incluindo juristas, poderão um dia ser responsabilizados.
Via: Angola24Hora