
O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2025, estimado em 34,63 biliões de kwanzas, está a ser alvo de duras críticas por parte de organizações da sociedade civil, que apontam insuficiências e irregularidades na sua estrutura e exigem correções imediatas.
Entre as principais preocupações destacam-se a falta de fundamentação das despesas, a ausência de transparência na alocação de recursos financeiros destinados a organizações não-governamentais sem fins lucrativos e a insuficiente atribuição de verbas para atender às necessidades sociais mais urgentes.
As denúncias foram feitas durante uma conferência de imprensa realizada nesta quarta-feira, 18, por representantes da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), do Observatório Político e Social de Angola (OPSA) e do Centro de Investigação Económica da Universidade Lusíadas de Angola (Cinvestec).
O diretor do Cinvestec, Heitor Carvalho, alertou que a falta de justificativa para algumas dotações orçamentais compromete a sustentabilidade financeira dessas despesas, tanto a curto como a longo prazo.
As organizações pedem maior clareza na elaboração do orçamento e medidas para assegurar que as verbas públicas sejam aplicadas de forma eficiente e transparente, especialmente em áreas sociais críticas. As críticas reforçam a necessidade de um debate mais inclusivo sobre o OGE, garantindo maior participação da sociedade civil no processo de elaboração e fiscalização do orçamento do Estado.