Denílson Duro, especialista em Gestão e Administração Pública, apontou a identificação de mais de 300 candidatos com cadastro criminal no Curso Básico de Ingresso no SME como um reflexo das fragilidades nos processos de recrutamento na função pública em Angola. Segundo ele, a ausência de rigor no cumprimento de critérios técnicos de seleção compromete a eficiência dos órgãos do Estado.
O analista destacou que o caso do SME, onde também foram detectadas mais de 400 pessoas com dificuldades de leitura e falsificação de documentos, deve servir de lição para outras instituições públicas. Ele defendeu uma maior observância dos padrões de captação de talentos, que devem priorizar competências técnicas e éticas.
O Ministério do Interior suspendeu recentemente o recrutamento de mais de 5 mil jovens para o SME devido às irregularidades, criando uma nova comissão para rever o processo. Denílson Duro alertou que os problemas detectados no MININT refletem questões sistêmicas em toda a Administração Pública do país.