
O Corredor do Lobito, uma das rotas mais cobiçadas da África, voltou ao centro das atenções com a visita de Joe Biden a Angola. Esse corredor ferroviário, que liga a região mineradora da África Central ao Porto do Lobito, é essencial para o escoamento de minerais estratégicos como cobre, cobalto e outros recursos naturais.
Enquanto o governo celebra a possibilidade de novos investimentos americanos, críticos alertam para os perigos de uma dependência econômica que transforma o país em mero exportador de matérias-primas. “Províncias ricas em ouro e outros minerais estão sendo entregues sem qualquer contrapartida real para o povo”, comentou um analista.
Além disso, o modelo de parceria defendido por Biden é visto como um instrumento para garantir que as riquezas naturais angolanas sirvam aos interesses das grandes potências. “Eles exportam os minerais, lucram seis vezes mais e deixam o país na mesma miséria de sempre”, observou um leitor.
Para muitos, o desafio está em romper esse ciclo de dependência e explorar os recursos de maneira soberana, priorizando a industrialização local e o desenvolvimento de infraestrutura que beneficie diretamente a população. Sem isso, alertam especialistas, o Corredor do Lobito pode se tornar mais um símbolo de submissão econômica.