
O Presidente João Lourenço compartilhou suas expectativas em uma entrevista ao The New York Times. O encontro, que ocorrerá em um momento significativo para as relações entre os dois países, é visto como uma oportunidade para fortalecer laços econômicos e políticos.
João Lourenço expressou um desejo claro de atrair investimentos norte-americanos, afirmando: “Queremos que o investimento norte-americano venha para Angola e que o mercado norte-americano também olhe para o nosso país.”
Ele acredita que a presença de Biden enviará uma mensagem positiva às empresas dos EUA, encorajando-as a diversificar seus investimentos além do setor de petróleo e gás, que atualmente domina o panorama.
Quando questionado sobre a futura presidência de Donald J. Trump e seu impacto nas relações entre Angola e os EUA, João Lourenço se mostrou otimista. “Não estamos preocupados com a mudança no governo dos EUA. Isso é normal em uma democracia. Estamos prontos para trabalhar com quem estiver no poder”, disse ele. Essa visão reflete uma disposição pragmática em lidar com as flutuações políticas.
Presidente João Lourenço também abordou questões sensíveis relacionadas à dívida com a China, reconhecendo as desvantagens das condições anteriores de empréstimos. “Se me perguntassem agora se eu aceitaria um novo empréstimo nas mesmas condições, eu diria que não”, afirmou, indicando uma mudança na abordagem econômica do país.
Por fim, ao falar sobre a competição entre os Estados Unidos e a China pela influência na África, o presidente enfatizou que Angola busca manter relações diversificadas com várias nações, sem se restringir a apenas duas superpotências. “O mundo não é feito apenas de grandes países”, destacou, sinalizando sua intenção de promover uma diplomacia equilibrada.
A visita de Biden promete ser um marco nas relações EUA-Angola, trazendo esperanças de novos investimentos e colaborações em diversas áreas da economia angolana. A expectativa é alta, tanto para os líderes quanto para os cidadãos que aguardam um futuro mais próspero e conectado ao mercado global.