
O curso de ingresso para o Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) foi suspenso pelo Ministério do Interior (MININT) devido a irregularidades relacionadas com a inclusão de candidatos ligados ao Movangola, uma organização liderada por António Alcino Sawanga.
Inicialmente planejado para dois mil recrutas, o número foi ampliado para mais de cinco mil, supostamente para beneficiar membros do Movangola em troca de ganhos financeiros ilícitos. O esquema envolveu a antiga direção do SME e altos funcionários do MININT, culminando na exoneração do ex-diretor-geral do SME, João António da Costa Dias.
A porta-voz do SME, Domingas Mendonça, confirmou que uma nova comissão será criada para revisar o processo de seleção, com a aplicação de testes psicotécnicos e exames médicos para garantir transparência.
O caso também colocou o presidente do Movangola sob os holofotes, reforçando críticas à gestão do Presidente João Lourenço, já contestado por corrupção e crise econômica no país.