A abertura do Censo Geral da População e Habitação, em Angola, tem sido destacada como um dos maiores eventos da semana, mobilizando a população para participar em massa nesta segunda operação de recenseamento, após a primeira realizada em 2014. No entanto, em Luanda, especialistas apontam para sinais de desorganização.
Agentes de campo envolvidos em várias regiões do país relatam dificuldades, especialmente no que se refere à logística e à escassez de meios de transporte. De acordo com fontes, em algumas províncias o processo não começou na data prevista, devido à falta de acesso aos dispositivos digitais necessários para a coleta de dados.
Apesar das queixas, o Diretor Geral Adjunto do Instituto Nacional de Estatística, Hernâni Luiz, assegura que o processo está sob controle e que nenhum cidadão será deixado de fora. Ele também garantiu que a segurança dos agentes está garantida, e que os recursos essenciais estão sendo mobilizados.
O governo angolano destinou cerca de 30 mil milhões de kwanzas (29,6 milhões de euros) para a execução do censo, cujo lema é “Juntos contamos por Angola”. Em 2023, o Instituto Nacional de Estatística projetou uma população de aproximadamente 35,1 milhões de habitantes para 2024, considerando fatores como natalidade e mortalidade.