Na segunda-feira, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou que dois contratorpedeiros norte-americanos foram alvo de um ataque coordenado por rebeldes Huthis no Estreito de Bab-el-Mandeb, uma estratégica via de navegação no Mar Vermelho. Os Huthis, que controlam grande parte do Iémen, utilizaram drones e mísseis para atacar as embarcações, mas, felizmente, o ataque não resultou em danos nem em vítimas.
De acordo com Pat Ryder, porta-voz do Pentágono, os navios foram atingidos por “pelo menos oito drones explosivos, cinco mísseis balísticos antinavio e três mísseis de cruzeiro antinavio”. Apesar da intensidade do ataque, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos informou que a ofensiva foi frustrada e as embarcações não sofreram danos, nem houve feridos.
Os rebeldes Huthis têm intensificado suas ações militares, especialmente após o início do conflito na Faixa de Gaza, no ano passado. Os Huthis, que fazem parte do chamado “eixo de resistência” liderado pelo Irão, também têm atacado Israel e navios que afirmam ter vínculos com o Estado israelita, como parte de uma campanha de apoio ao grupo palestiniano Hamas.
Além disso, os ataques contra o tráfego marítimo na região têm gerado sérias preocupações sobre a segurança no Estreito de Bab-el-Mandeb e no Golfo de Aden, áreas vitais para o comércio internacional. A presença de grandes embarcações comerciais, incluindo petroleiros, torna a região de interesse global.
Em resposta a essa crescente ameaça, os Estados Unidos, com o apoio do Reino Unido, formaram uma coligação internacional para patrulhar as águas do Iémen e realizar operações militares contra os Huthis, especialmente desde janeiro deste ano.
Esses eventos fazem parte de um ciclo de escalada no conflito, com os Huthis condenando os recentes bombardeios realizados pelos Estados Unidos e Reino Unido contra várias localidades no Iémen. O impacto dessas tensões na estabilidade regional, além dos desafios enfrentados pelas potências internacionais, continua a ser um ponto central de atenção, com consequências significativas para o comércio e a segurança no Oriente Médio e no mundo.