Nesta terça-feira, 7 de novembro, Moçambique desperta para o chamado “Dia da Libertação”, liderado por Venâncio Mondlane, candidato presidencial do partido PODEMOS, que contesta os resultados das eleições de 9 de outubro. Mondlane convocou uma marcha em Maputo com o objetivo de “vergar o Governo e repor a verdade eleitoral”, afirmando estar ao lado “do seu povo” nesta luta por justiça.
Em declarações exclusivas à DW África, Mondlane afirmou que está ciente dos riscos, mas que considera valer a pena “lutar” pelos seus valores, mesmo diante da possibilidade de enfrentar represálias severas. “Não tenho medo de ser abatido”, enfatizou, dando tom desafiador à manifestação.
Entidades como a Ordem dos Advogados de Moçambique, no entanto, expressaram preocupação com a possibilidade de violência, alertando para o risco de um “banho de sangue” durante o protesto. A manifestação ocorre em um cenário de tensão crescente, com forças de segurança em alerta e receios de confrontos entre manifestantes e autoridades.
O movimento liderado por Mondlane, marcado por um discurso de resistência, levanta questões sobre o futuro político e social de Moçambique. Enquanto muitos apoiantes clamam por mudanças e transparência, as autoridades locais apelam à calma e à observância da ordem pública. O desenrolar dos eventos de hoje pode ter implicações profundas, influenciando o rumo da democracia e da estabilidade no país.