Isidro Fortunato manifestou-se publicamente contra a recente ação de Jéssica Romeiro, primeira secretária provincial da JMPLA em Luanda, ao integrar grupo de kuduristas e líderes de gangues “Tropa Da Caop” como militantes da JMPLA, o braço juvenil do MPLA.
Após perceber que a Tropa da Caop se tornou o assunto em destaque com a música “A Tropa da Caop ABC”, Jéssica Romeiro agiu rapidamente para implementar uma política de recrutamento, com o objetivo de fortalecer as fileiras da JMPLA com esses novos integrantes. Contudo, essa iniciativa suscitou críticas severas de Isidro Fortunato, que publicou nas redes sociais: “Recuperados da vida do crime do bairro para servir o crime organizado. MPLA é duro… os mobilizadores do CAP da Caop.”
Outros críticos ecoaram o sentimento de Fortunato, acusando o MPLA de instrumentalizar a pobreza para benefício próprio.
Isidro Fortunato, que é conhecido por suas posições firmes, argumenta que o kuduro, uma forma popular de música e dança angolana, está sendo explorado pela elite política do país como uma forma de distração e emburrecimento da sociedade. “Infelizmente, os fazedores dessa arte não percebem que são instrumentalizados, usados como se papel higiénico se tratassem, descartados na retrete da ignorância, da mendicidade,” afirmou.
Para Fortunato, esta situação é uma clara demonstração de como a elite angolana manipula o estado de mendicidade dos artistas e da população em geral. Ele apelou para que a população saia das redes sociais e volte às ruas para exigir melhorias nas condições de vida. “É inadmissível que, em quase 50 anos de independência, o MPLA continue a brincar com os nossos sentimentos e a jogar nas nossas caras como somos facilmente manipulados pela pobreza que eles mesmos criaram. Coitadinhos, deveriam limpar os rabos com essas camisolas e exigir saúde, educação e um melhoramento do ambiente social nas Caops.”