A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou a abertura de um processo-crime contra o candidato presidencial Venâncio Mondlane e seus apoiantes devido a incidentes de violência que ocorreram após as eleições. Segundo o porta-voz da PRM, Orlando Mudumane, Mondlane é acusado de crimes, incluindo o incêndio de um posto policial e o apoderamento de uma arma de fogo AK-47, eventos que provocaram agitação no distrito de Moma, na província de Nampula.
Os confrontos entre a polícia e os manifestantes ocorreram durante protestos convocados por Mondlane nos dias 24 e 25 de outubro, que ele descreveu como pacíficos. No entanto, a polícia responsabiliza Mondlane e seus simpatizantes pelos atos de violência que resultaram em 21 membros da PRM feridos, um óbito e a destruição de várias viaturas e residências, além do posto policial incendiado.
A PRM reiterou seu compromisso em manter a ordem pública e fez um apelo para que a população não se envolva em atos violentos. O porta-voz exigiu também a devolução imediata da arma de fogo confiscada durante os confrontos.