O exército israelita anunciou hoje a realização de novos ataques aéreos contra posições do Hezbollah no Líbano, em resposta a um recente bombardeio que resultou em várias mortes em Beirute. Em comunicado, o exército destacou que os ataques têm como alvo “posições pertencentes à organização terrorista do Hezbollah”.
De acordo com informações fornecidas pelo Hezbollah, dois de seus comandantes foram mortos no ataque de sexta-feira, além de 16 membros da força de elite al-Radwan, confirmando assim a magnitude da ofensiva israelita. O exército israelita já havia relatado que, em ações anteriores, pelo menos 16 combatentes do movimento foram mortos.
A situação no Líbano é alarmante, com a ONU expressando preocupação e apelando por “desanuviamento” e “máxima contenção”, à medida que os combates se intensificam na região. Fontes próximas ao Hezbollah indicam que o ataque visava uma reunião de altos comandantes da unidade, incluindo Ibrahim Aqil e Ahmed Mahmoud Wahbi, que anteriormente liderava operações em apoio ao Hamas.
Desde as explosões atribuídas a Israel, o número de mortes no Líbano subiu para 37, com mais de 2.900 feridos, e as trocas de tiros entre o exército israelita e o Hezbollah aumentaram. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou que Israel enfrentará um “castigo terrível” devido às recentes ofensivas.
No que diz respeito à Faixa de Gaza, o exército israelita também atacou uma escola que abriga refugiados, resultando na morte de 19 civis, incluindo crianças e mulheres. Segundo relatos, o ataque tinha como objetivo militantes do Hamas, que supostamente estavam planejando operações a partir do local. O exército afirmou que foram adotadas medidas para minimizar danos civis, incluindo o uso de mísseis de precisão.
Os ataques em Gaza e no Líbano ocorrem no contexto de um conflito que se intensificou desde 7 de outubro, data em que o Hamas lançou um ataque que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas em Israel. Até agora, mais de 41.000 palestinianos foram mortos e dezenas de milhares feridos nas operações israelitas em resposta aos ataques do Hamas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, informações que são consideradas fiáveis pela ONU.