O Governo está desenvolvendo uma estratégia única para a infância e juventude, realizando uma avaliação abrangente da atual estratégia para as crianças, do plano de ação da Garantia para a Infância e das medidas na estratégia contra a pobreza. Em entrevista à agência Lusa, por ocasião do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, Sandra Araújo, coordenadora da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, revelou que o atual Governo formou um grupo de trabalho, que até 30 de novembro deve avaliar diversos planos e estratégias.
O grupo de trabalho, criado através de um despacho assinado pela secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, inclui representantes do Ministério da Educação, da Justiça, além de setores sociais como a Casa Pia e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Sandra Araújo explicou que a missão do grupo é avaliar a Estratégia Nacional para os Direitos das Crianças, o plano de ação da Garantia para a Infância e as medidas do eixo estratégico 1 da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, que visa “Reduzir a Pobreza nas Crianças e Jovens nas suas Famílias”. Após essa avaliação, o grupo deve apresentar uma proposta de estratégia única para a infância e juventude.
Desde setembro, o grupo tem trabalhado para identificar sinergias entre as estratégias e o plano de ação, e está consultando organizações da sociedade civil e organismos de várias áreas, como a provedora de Justiça e a Procuradoria-Geral da República. O próximo passo será apresentar “pelo menos a arquitetura da nova proposta de estratégia”.
Para Sandra Araújo, esta iniciativa é um passo significativo que demonstra uma preocupação crucial com a eficácia dos instrumentos existentes e com a resposta às necessidades das crianças, visando interromper ciclos geracionais de pobreza. “O período da infância é curto, mas impactante para toda a vida. Garantir igualdade de oportunidades e corrigir desigualdades estruturais é essencial para o futuro das crianças e do país”, destacou.
Esta nova estratégia pretende consolidar esforços para assegurar que todas as crianças tenham um início de vida justo e promissor, contribuindo para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável de Portugal.