A escassez de cimento na província de Cabinda tem provocado uma subida abrupta no preço do produto, que atualmente chega a ser vendido a 10 mil kwanzas por saco. O aumento ocorre devido à redução da produção nas fábricas de Ponta-Negra, República do Congo, de onde os comerciantes locais têm importado o material. As fábricas congolesas, em manutenção, estão priorizando o mercado interno, deixando Cabinda com estoques esgotados.
Apesar do preço estipulado pelo governo ser de 7.500 kwanzas por saco, a falta do produto e a alta demanda inflacionaram os preços. Segundo os importadores, a opção de adquirir o cimento no mercado nacional, através da Nova Cimangola, é inviável devido aos elevados custos logísticos, agravados pela falta de um porto de águas profundas em Cabinda.
O governo provincial de Cabinda já se reuniu para discutir a crise, mas enfrenta dificuldades na aquisição de divisas para negociar com fornecedores internacionais. As autoridades esperam que a construção do terminal do Calo traga uma solução para a crise, melhorando a logística de importação e reduzindo os custos para os consumidores locais.
