O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, criticou, nesta quarta-feira (09), o Censo Populacional 2024 em Angola, qualificando o processo como um fracasso devido às graves falhas registradas em todo o país. Durante as jornadas parlamentares na província da Huíla, Costa Júnior defendeu a anulação do censo, afirmando que não há melhorias substanciais e que os resultados não representarão adequadamente a população.
Ele relatou que, até o momento, nenhum recenseador visitou sua casa para realizar o registro, levantando a preocupação de que o governo possa manipular os números finais. O líder do Galo Negro destacou a falta de transparência e organização, sugerindo que o censo não atende às expectativas do povo.
Além disso, ao questionar membros da Frente Patriótica Unida (FPU), Filomeno Vieira Lopes, Abel Epalanga Chivukuvuku e Francisco Viana, todos afirmaram que também não foram registrados. Costa Júnior enfatizou que o censo não pode prosseguir, pois não há tempo hábil para realizá-lo de forma adequada, uma vez que ninguém foi contatado.
O presidente da UNITA também criticou a fragilidade do sistema de justiça, alegando que o ministério está subordinado ao governo do MPLA e não consegue resolver os problemas da população. Ele expressou preocupação com a degradação das estradas nacionais, especialmente a que liga Luanda a Cuanza Sul, Benguela e Huíla, considerando essa situação uma verdadeira lástima.