Apesar das várias injeções de capital do Estado e dos planos de recuperação, a TAAG – Linhas Aéreas de Angola voltou a registar prejuízos significativos. Em 2023, a transportadora aérea apresentou um resultado líquido negativo de 90,1 mil milhões Kz (108,7 milhões USD), após um breve período de recuperação em 2022. Nos últimos 10 anos, as perdas acumuladas somam 632,1 mil milhões Kz (1,7 mil milhões USD).
Mesmo com um aumento de 45% no número de passageiros transportados em 2023 (1.328.904, comparado a 918.809 em 2022), os custos operacionais subiram 67%, resultando em contínuos défices. Os custos foram impulsionados pela alta nos preços do combustível, despesas com passageiros (+119%), taxas aeroportuárias de aterragem (+305%) e crescimento de 25% nos custos com pessoal, passando a 55,1 mil milhões Kz.
Pedro Castro, especialista em aviação, defende que, mesmo com preços de combustível subsidiados e apoio do Estado, a TAAG deveria apresentar lucros, e sugere uma investigação criminal para apurar o destino das receitas da companhia, considerando o histórico de má gestão em outras companhias, como a LAM de Moçambique.