O Papa Francisco dirigiu hoje uma contundente carta aos católicos no Médio Oriente, criticando a “vergonhosa incapacidade” das grandes potências em alcançar um cessar-fogo na região, exatamente um ano após o ataque do grupo islamita Hamas a Israel.
“Há um ano, o rastilho do ódio foi aceso. Não se apagou, mas acendeu uma espiral de violência”, afirmou Francisco, destacando a falha “vergonhosa” da comunidade internacional e dos países mais poderosos em silenciar as armas e pôr um fim à tragédia da guerra.
O Papa convocou este dia como um momento de oração e jejum, lembrando os ataques do Hamas a Israel, que resultaram em mais de 1.200 mortos e cerca de 250 pessoas sequestradas. Desde 7 de outubro de 2023, Francisco tem apelado incessantemente por um cessar-fogo e pela libertação dos reféns israelitas na Faixa de Gaza.
“Nunca me canso de repetir que a guerra é uma derrota, que as armas não constroem o futuro, mas destroem-no, que a violência nunca traz a paz. A história demonstra isso e, no entanto, anos e anos de conflito parecem não nos ter ensinado nada”, lamentou o Papa na sua carta, ecoando a urgência de um fim para a contínua espiral de violência.