As forças israelitas lançaram um ataque aéreo contra um edifício no centro de Beirute esta noite, enquanto fontes do Hezbollah denunciaram três ataques adicionais nos subúrbios ao sul da capital, um bastião do movimento xiita pró-iraniano.
O exército israelita descreveu o ataque como “preciso” e prometeu fornecer mais informações posteriormente. Meios de comunicação libaneses informaram que o alvo foi a zona de Al Bashura, no coração de Beirute, especificamente uma sede da Autoridade Islâmica de Saúde, uma organização ligada ao Hezbollah responsável por cuidados e serviços de saúde.
Em 2023, várias sedes desta organização e ambulâncias do Departamento de Defesa Civil do Hezbollah foram bombardeadas por Israel. Fontes próximas ao Hezbollah, citadas pela agência France-Presse (AFP), confirmaram três ataques nos subúrbios do sul de Beirute, representando a terceira série de ataques israelitas contra essa área em menos de 24 horas.
Jornalistas da AFP relataram ter ouvido explosões que ecoaram por quilômetros ao redor da capital. O Ministério da Saúde do Líbano anunciou que 46 pessoas foram mortas e 85 ficaram feridas nas últimas 24 horas devido aos “ataques do inimigo israelita”. O centro de crise libanês relatou que 1.928 pessoas foram mortas no Líbano desde o início das ofensivas entre Israel e o Hezbollah em outubro de 2023.
A intensa campanha de bombardeamentos israelitas forçou quase 1,2 milhões de pessoas a se deslocarem, buscando refúgio em segundas residências, hotéis, apartamentos de aluguer e em 867 abrigos montados pelas autoridades, dos quais mais de 74% estão totalmente lotados.
Israel continua a mobilizar mais soldados ao longo da fronteira com o Líbano, segundo o Hezbollah. O exército libanês anunciou que tropas israelitas atravessaram a Linha Azul, a fronteira de facto entre os dois países.
A ofensiva terrestre de Israel segue-se a 10 dias de intensos bombardeamentos aéreos no sul e leste do Líbano e nos subúrbios ao sul de Beirute, áreas dominadas pelo Hezbollah. Os ataques resultaram na morte de líderes do Hezbollah, incluindo o chefe máximo da organização, Hassan Nasrallah.