Com a aproximação da visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o governo de Angola intensificou os esforços para embelezar a cidade, tapando buracos nas estradas, reformando prédios e aumentando a sinalização viária. Embora essas iniciativas pareçam positivas, a pressa em realizar essas melhorias gerou uma onda de críticas.
Nelito Ekuikui, deputado da bancada parlamentar da UNITA, não poupou palavras: “A execução do nosso dever não deve ser guiada pela pressão, mas sim pelo simples prazer de servir Angola. Agora, com a visita do Presidente americano, os nossos governantes apressam-se na pintura de edifícios e na reparação das nossas estradas. A mentira tem pernas curtas; façam para o nosso povo e não vendam mentiras aos nossos visitantes. Precisamos ser genuínos na missão de servir o nosso País.”
As palavras de Ekukui refletem um sentimento compartilhado por muitos angolanos, que veem essas ações como uma tentativa de agradar a visitantes estrangeiros, em vez de um compromisso verdadeiro com a melhoria da infraestrutura e da qualidade de vida da população. Para muitos, a verdadeira mudança deve ser contínua e não apenas uma resposta a eventos externos.
A cidade pode estar passando por transformações visíveis, mas a crítica ressoa nas vozes dos cidadãos, que anseiam por um governo que priorize o bem-estar do povo, independentemente das pressões externas. As obras em andamento são um passo, mas a autenticidade e a intenção por trás delas são fundamentais para restaurar a confiança da população.