
As províncias de Cabinda, Huíla, Huambo e Benguela iniciaram recentemente a impressão das novas chapas de matrícula para veículos, mais de um ano após a implementação da nova série. No entanto, a atribuição dos números de matrícula permanece centralizada em Luanda, o que continua a gerar longas listas de espera e diversos constrangimentos para cidadãos e empresas.
Embora as referidas províncias tenham agora a capacidade de imprimir as matrículas localmente, o processo de atribuição dos números ainda depende exclusivamente da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária (DTSER) em Luanda. Isto significa que, após o envio de toda a documentação necessária para a capital, as províncias aguardam a designação do número para, posteriormente, procederem à impressão das chapas. Este procedimento resulta em atrasos significativos, com tempos de espera que podem ultrapassar os 20 dias nas províncias, enquanto em Luanda o processo é concluído em até três dias.
Uma mudança notável no novo sistema é a uniformização dos códigos de matrícula. Anteriormente, cada província possuía uma sigla específica que identificava a origem do veículo. Com a nova série, todas as matrículas passaram a ostentar o código “LDA”, independentemente da província de registo. Esta alteração visa criar um sistema mais homogéneo, mas tem gerado debates sobre a perda de identidade regional nas matrículas.
O Ministro do Interior, Manuel Homem, reconheceu os desafios enfrentados durante este período de transição. Em interação recente com internautas no espaço “Gabinete do Ministro” no Facebook, afirmou estar ciente dos constrangimentos causados pela demora na emissão das matrículas e enfatizou a urgência em regularizar a lista de espera. Manuel Homem destacou ainda que, após mais de oito meses de interrupção, as províncias mencionadas retomaram a impressão das matrículas, o que representa um avanço significativo no processo de descentralização dos serviços.
A centralização na atribuição dos números de matrícula tem afetado diretamente importadores de veículos e cidadãos que necessitam regularizar a documentação dos seus automóveis. A espera prolongada não só causa inconvenientes logísticos, mas também pode resultar em custos adicionais, especialmente para empresas que dependem da rápida integração de veículos nas suas operações. A expectativa é que, com o reconhecimento oficial dos problemas e a promessa de medidas corretivas, o processo se torne mais ágil e eficiente nos próximos meses.